Senado aprova adesão do Brasil ao ASI

10/10/2022
Em 2021, o Brasil encerrou o ano na 13ª posição no ranking mundial da energia solar, muito aquém do grande potencial do País.

O Plenário do Senado Federal aprovou Projeto de Decreto Legislativo nº 271/2021 sobre a adesão do Brasil à Aliança Solar Internacional (ASI), coalisão intergovernamental que reúne as nações com os melhores recursos solares do planeta. É uma medida estratégica para ampliar o protagonismo brasileiro no uso e desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica no cenário mundial. “A adesão à ASI abre portas para que o Brasil se beneficie de programas e ações multilaterais nas áreas de financiamento, programas de incentivo, políticas públicas, regulação, modelos de negócio, tecnologia e pesquisa e desenvolvimento, entre outras”, diz Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). 

Em 2021, o Brasil encerrou o ano na 13ª posição no ranking mundial da energia solar, muito aquém do grande potencial do País. “Nas outras fontes renováveis, como hídrica, biomassa e eólica, o Brasil já é uma liderança global. Assim, precisamos recuperar o tempo perdido e nossa participação plena na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica em nosso País e nos posicionar como um ator relevante neste setor, cada vez mais estratégico no cenário internacional”, ressalta Sauaia.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, a energia solar é fundamental para uma transição para um futuro com baixas emissões de gases do efeito estufa. “A fonte solar já é a mais competitiva do Brasil e ocupa atualmente a terceira posição na matriz elétrica nacional. A adesão à ASI reflete a pujança e o papel cada vez mais relevante do mercado brasileiro de energia fotovoltaica na geopolítica internacional”, conclui. 

Lançada durante a Conferência do Clima em Paris (COP 21), em 2015, e posteriormente formalizada em Nova Delhi, Índia, em 15 de novembro de 2016, a ASI tem como metas reduzir o custo da energia solar; mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação maciça de energia solar até 2030 e preparar o caminho para novas tecnologias usando o Sol como recurso primário.

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