Complexo fotovoltaico de Paracatu entra em operação

06/04/2024
O parque tem capacidade instalada de 438 MW e irá fornecer energia limpa para a Albras, representando cerca de 12% da demanda

A Atlas Renewable Energy, companhia especializada em soluções de energia renovável na América Latina e a Hydro REIN, braço de soluções em energia renovável da Hydro, indústria global dos setores, e Albras, a maior consumidora de eletricidade do Brasil, anunciaram o início da operação das usinas solares fotovoltaicas Boa Sorte, no município de Paracatu (MG). O parque tem capacidade instalada de 438 MW e irá fornecer energia limpa para a Albras, representando cerca de 12% da demanda total de energia da companhia, em um contrato de 20 anos, entre 2025 e 2044. O empreendimento irá gerar um total de 920 GWh anuais, o equivalente a abastecer mais de 394 mil residências. “Boa Sorte é um projeto emblemático por ter sido nosso primeiro PPA de geração de energia limpa para a Albras, que repetiu a parceria em Vista Alegre, ainda em construção. Com este projeto, quebramos importantes barreiras no setor, como o primeiro empréstimo indexado em dólares pelo BNDES para projetos renováveis. Além disso, Boa Sorte é uma prova do nosso compromisso de entregar projetos dentro do prazo e do orçamento, contribuindo para o nosso histórico de 100% de taxa de conclusão”, afirma Fábio Bortoluzo, diretor da Atlas no Brasil.

O projeto de energia solar ocupa uma área equivalente a 1.152 estádios do Maracanã e sua construção demandou 16.584 toneladas de estruturas metálicas e somou mais de 2 milhões de homens-hora trabalhados. Para otimizar a gestão deste grande projeto, a parceria adotou tecnologias que permitiram o gerenciamento integrado em tempo real e a tomada de decisões baseadas em dados pela equipe de produção. Como resultado desta integração entre tecnologia e a expertise do time da Atlas, foi possível antecipar em dois meses a entrada em operação do projeto. “Este é um importante marco para os projetos da Hydro REIN no Brasil, considerado um mercado estratégico para a empresa. É mais um passo para atingir nossa missão de desenvolver soluções renováveis para a indústria. Este ano, também iniciamos as operações comerciais no complexo solar de Mendubim e, até o fim de 2024, vamos começar a operar o complexo eólico Vento de São Zacarias. O Brasil é um dos mercados mais empolgantes para energias renováveis do mundo e estamos atentos às oportunidades de crescimento do setor”, afirma Marcela Jacob, head da Hydro Rein no Brasil.

A construção do complexo fotovoltaico Boa Sorte envolveu cerca de dois mil e novecentos trabalhadores, com 14,4% de mulheres, percentual acima da média do setor. Isso reflete os esforços da Atlas em impulsionar uma indústria mais inclusiva e oferecer oportunidades a todas as pessoas do entorno de nossos projetos. Por meio do programa “Somos parte da mesma energia”, que capacita mulheres para atuação em posições técnicas nos setores elétricos e de construção, 320 mulheres participaram de cursos profissionalizantes ou de aprimoramento profissional e 72 delas foram contratadas pela Atlas ou por parceiros durante o período de construção, por meio das oportunidades de iniciação profissional exclusiva para moradores da região. “A capacitação que proporcionamos às mulheres não é apenas para servir nossas operações, mas é uma forma de deixar um legado que transforma vidas, possibilita independência financeira e promove a autonomia destas mulheres. Isso porque acreditamos na diversidade como elemento chave na construção de um futuro sustentável”, explica Fernanda Abreu, Head de ESG da Atlas.

Outro exemplo de projeto socioambiental desenvolvido no território, é a Oficina Ecoar, em parceria com a produtora JANZ܂media e a Fundação Conscientearte. O projeto de formação em cinema documental é voltado para pessoas negras de diferentes manifestações culturais de Paracatu, com o objetivo de proporcionar autonomia e independência a quem, historicamente, não teve acesso, condições ou ferramentas para contar suas narrativas. Durante o curso, os participantes, que representam cerca de 480 pessoas da comunidade, aprenderam técnicas cinematográficas e, ao final, produzirão 4 mini-documentários autorais sobre as manifestações culturais às quais pertencem, que serão exibidos no município em julho de 2024.