Vertown desenvolve plataforma que ajuda a dar destino correto

12/02/2024
A startup vem revolucionando a gestão de resíduos no Brasil e já conta com mais de duas mil unidades organizacionais utilizando sua plataforma em todo país

Empresa especializada em realizar a rastreabilidade dos resíduos gerados em toda a cadeia produtiva, a startup Vertown firmou uma rodada de investimento Série A com os fundos de Corporate Venture Capital (CVC) Açolab Ventures, da ArcelorMittal, e Irani Ventures. A Vertown desenvolve tecnologia para auxiliar as empresas a destinar melhor seus resíduos e, desta forma, garantir o compliance de acordo com a legislação, além de reduzir as emissões de CO2. A startup vem revolucionando a gestão de resíduos no Brasil e já conta com mais de duas mil unidades organizacionais utilizando sua plataforma em todo país, incluindo países da América Latina. "No Brasil hoje, ainda mais de 40% dos resíduos são destinados de forma incorreta e a legislação, apesar de estar melhorando e ficando cada vez mais restritiva, ainda não é tão aplicada no Brasil. Hoje o gerador de resíduos é responsável por ele em todo o seu ciclo de vida e a nossa tecnologia garante toda a rastreabilidade do processo incluindo indicadores e gráficos para que as empresas consigam acompanhar e melhorar seu processo desde a geração até a destinação do resíduo", destaca o CEO, Guilherme Arruda.

A plataforma ajuda as empresas a destinar os resíduos de forma mais eficiente e sustentável usando tecnologia avançada de rastreabilidade com blockchain e geração de insights com o uso de inteligência artificial. “Tudo isso vem trazendo excelentes resultados para o negócio e também para os nossos clientes. Somente em 2023, nossa solução registrou mais de 6,7 milhões de toneladas de resíduos coletados”, afirma Arruda. Com o aporte, a Vertown irá acelerar sua estratégia de crescimento e criar novos produtos para auxiliar na redução de emissões de CO2 e custos em todo o processo de gestão de resíduos. “Existe um grande potencial para crescer no mercado e uma alta demanda para suprir dentro das empresas que estão atentas a questões sustentáveis. Nosso plano é chegar a 25 milhões de toneladas de resíduos processados nos próximos dois anos e ganhar ainda mais escala”, afirma o CEO.

Para a Açolab Ventures, fundo da ArcelorMittal que liderou a rodada, o investimento na startup de ESG está alinhado com a ideia da criação do CVC, que é destinar recursos a startups que compartilhem da mesma visão de futuro da ArcelorMittal e que tenham solução validada, desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia do aço. “A ArcelorMittal está em sintonia com as tendências globais e quer ser protagonista em iniciativas que estejam alinhadas ao seu propósito de ‘Aços inteligentes para as pessoas e o planeta’. O aporte reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento do país trazendo novas tecnologias e soluções para as empresas endereçarem o ESG”, avalia Rodrigo Carazolli, gerente geral de inovação e Açolab da ArcelorMittal.

Até o momento, o Açolab Ventures, que é gerido pela Valetec Capital, investiu em outras quatro startups : Agilean e Modularis Offsite Building (ambas do segmento de construção), Sirros (focada em IoT) e Beenx (energia). “No total, mais de 1,4 mil startups e empresas pequenas já foram avaliadas. Ao todo, serão desembolsados mais de R$ 100 milhões até 2025, e a meta da companhia é chegar em 10 a 15 startups e empresas investidas. O nosso objetivo é encontrar bons parceiros, que compartilhem da mesma visão de futuro e da vontade de transformação”, completa Carazolli. Já o diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani, Fabiano Alves de Oliveira, diz que sustentabilidade e inovação são parte fundamental do propósito da companhia de valorizar soluções que gerem benefícios mais amplos do que apenas à empresa. “Queremos, cada vez mais, contribuir com iniciativas inovadoras que tenham uma forte preocupação com o meio ambiente e com a sociedade como um todo”, salienta Oliveira.

Nesse quarto aporte da Irani Ventures, que tem a Grow+ como gestora responsável do CVC, a escolha da Vertown se alinhou com ações que a Irani entende que devem nortear qualquer atividade econômica: promover a economia circular, ampliar geração de renda e reduzir ao máximo de danos ambientais. Juntamente com a Grow+, a Irani Ventures já foi responsável, também, pela aceleração das startups Trashin, Mush e GrowPack, todas com trabalhos que tem como alvo a sustentabilidade. “O desenvolvimento de startups como a Vertown permite tanto que ela faça melhorias no processo de gestão de resíduos quanto o acesso de mais empresas a esta tecnologia”, acrescenta Oliveira