Tecnologia de retrofit transforma ETE em estação produtora de água de reúso

16/07/2023
A Passarelli afirma que a tecnologia possibilitará diminuir significativamente o impacto ambiental das operações de tratamento de esgoto

Empresa responsável pelas obras do Projeto Anhumas, em Campinas (SP), a Passarelli Engenharia assinou contrato com a holandesa Royal HaskoningDHV, para a utilização da tecnologia Nereda durante o processo de retrofit da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), transformando-a em uma Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR).

A Passarelli afirma que a tecnologia possibilitará diminuir significativamente o impacto ambiental das operações de tratamento de esgoto, proporcionando um efluente de alta qualidade ao final do processo. Outra vantagem da tecnologia Nereda em relação aos métodos convencionais é a diminuição considerável do tamanho das estruturas da ETE. Com a tecnologia, o espaço utilizado cai e é mantida a mesma capacidade de tratamento de uma estação convencional. Os desenvolvedores estimam uma redução do gasto energético entre 30% e 40% em relação aos métodos atuais e, por utilizar tanques menores, pode gerar uma redução de até 20% nos custos gerais da obra. O Nereda possibilita, ainda, menor impacto para a sociedade, já que reduz o tempo necessário para a conclusão do projeto.

O projeto da Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR) é a segunda obra da Passarelli com o uso da tecnologia Nereda no País. No entanto, é a primeira vez que uma empresa de engenharia e construção é a responsável pelo contrato de utilização da tecnologia. Com isso, o projeto se torna mais um avanço significativo da companhia na busca por soluções inovadoras e eficazes no setor de saneamento. Além do eficiente tratamento biológico que a tecnologia Nereda proporcionará ao processo, a estação de Anhumas terá ainda a implantação de membranas de ultra filtração após a conclusão das obras, prevista para o final de 2025. 

A estação de Anhumas será capaz de tratar uma média de 830 litros por segundo de esgoto, tornando o efluente tratado em água de reuso, pronta para ser reutilizada em diversas aplicações. Atualmente, no Brasil, apenas 1% da oferta de água provém de reúso de efluentes tratados, segundo o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) “O Impacto Econômico dos Investimentos de Reúso de Efluentes Tratados para o Setor Industrial”, de 2018.