MRN promove gestão diferenciada em nova central

31/03/2022
O espaço contempla as etapas de segregação, armazenamento e destinação que facilitam a redução, reutilização e reciclagem de resíduos.

Todos os resíduos sólidos industriais gerados pelos processos operacionais da Mineração Rio do Norte (MRN) passam a ser administrados pela recém criada Central de Resíduos Industriais Descartados (CRID). O espaço planejado aumenta a qualidade da gestão ao contemplar as etapas de segregação, armazenamento e destinação que facilitam a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, além da redução do volume a ser tratado ou disposto. 

A CRID considera, inclusive, as peculiaridades da logística da MRN, que opera distante dos grandes centros que recebem, reciclam ou reutilizam os resíduos. Todas essas ações acabam por incentivar novas cadeias de valor, e possibilitam a visão sistêmica na gestão dos resíduos, considerando as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública, conforme preconiza a legislação federal.

De acordo com Dayane Moreira, engenheira ambiental da área de Licenciamento e Controles Ambientais da MRN, o espaço foi desenvolvido para se somar a um trabalho intenso já desempenhado pela empresa por meio do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, realizado desde 2010. “O programa atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010, com a aplicação de boas práticas na coleta e transporte interno, no armazenamento temporário e na coleta e transporte para destinação externa dos resíduos. A CRID aprimora esse processo e contempla várias etapas, para melhor gestão e controle como pesagem, checagem, triagem, preparação e armazenamento temporário dos resíduos industriais”, aponta.  

“A partir disso, realizamos a formação dos lotes, de acordo com a tipologia, e damos a destinação adequada.  Há um controle e monitoramento total dos resíduos industriais, por meio de uma equipe administrativa, que acompanha os processos do gerenciamento, desde a gestão interna até a gestão externa, incluindo a homologação dos fornecedores e certificação das cargas. Todo esse processo minimiza riscos ambientais e sociais relacionados a destinação inadequada dos resíduos sólidos”, complementa a profissional.

Segundo Marco Antônio Fernandez, gerente geral da área de Licenciamento e Controles Ambientais, a MRN destinou no ano passado 4.877 toneladas de resíduos industriais para reciclagem, reprocessamento ou reuso, o que corresponde a 99,8% da produção, garantindo assim, uma aplicação sustentável a esses materiais. Entre as metas de 2022, a MRN planeja promover em torno de 1.000 ações, como inspeções ambientais, encontros, campanhas, utilização de técnicas e metodologias, entre outros, relacionadas à gestão de resíduos.