Destino correto para o óleo lubrificante

28/06/2021
Este tipo de resíduo deve ser enviado para a reciclagem por meio do rerrefino, pois é classificado como resíduo perigoso e contém metais pesados como cromo, cádmio, chumbo e arsênio.

No âmbito do programa Lixão Zero, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) e a AMBIOLUC assinaram acordo para informatizar o sistema de logística reversa que permite a destinação ambientalmente correta do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC), substância classificada como resíduo perigoso e que contém metais pesados como cromo, cádmio, chumbo e arsênio. Este tipo de resíduo deve ser enviado para a reciclagem por meio do rerrefino. 

Com isso, qualquer cidadão poderá acessar informações sobre a logística reversa do óleo, além de resultados do sistema e orientações para contribuir com a destinação ambientalmente adequada desse tipo de resíduo. O objetivo é eliminar o descarte inadequado, contribuindo para o encerramento de lixões. Para atingir este objetivo, o acordo prevê a integração das informações setoriais sobre logística reversa de OLUC no SINIR - sistema de informação nacional e o desenvolvimento de um aplicativo online, arquitetado para permitir a integração com os demais sistemas de logística reversa existentes no País, como eletroeletrônicos, embalagens e medicamentos. 

Em 2020, foram coletados mais de 465 milhões de litros de óleo lubrificante usado ou contaminado, em mais de 4.100 municípios brasileiros. A logística reversa possibilitou a produção de mais de 300 milhões de litros de óleos básicos, alcançando 20% da demanda nacional, gerando emprego e renda no setor. Para Thiago Trecenti, presidente da AMBIOLUC, o acordo de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente é pioneiro no lançamento de uma plataforma capaz de monitorar todos os dados relevantes da cadeia de logística reversa do OLUC. “Esse acordo irá unificar a base de dados da logística reversa do setor, tornando possível mensurar e avaliar os dados de geração, coleta e rerrefino do óleo lubrificante usado contaminado, assim como será viável identificar de forma mais efetiva o descarte ilegal e demais irregularidades no trato dos resíduos”, comenta Trecenti.