Seis estados tem cenários menos severos em abril e maio

16/07/2023
Estudo foi coordenado pela ANA em parceria com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas registrou o aumento da estiagem de 8% para 12% entre abril e maio em Minas Gerais. Já em outros estados do Sudeste, como Espírito Santo e Rio de Janeiro, a seca manteve-se estável com o registro somente de seca fraca – a mais branda na escala do Monitor. Em São Paulo a severidade da seca ficou estável, já que as áreas com seca fraca e moderada não tiveram alteração entre abril e maio. 

Nos dois meses, a área com seca permaneceu no patamar de 23% do território de São Paulo. Nos outros três estados do Sudeste as áreas com seca cresceram, como, por exemplo, no Espírito santo houve um salto 39% para 83% do território. Situação semelhante ocorreu no Rio de Janeiro, onde a seca passou de 24% para 59% do território fluminense, enquanto em  Minas Gerais a área com seca subiu de 51% para 79% do território do estado entre abril e maio.

Segundo a última atualização do Monitor de Secas para abril e maio de 2023, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia apresentaram um cenário mais brando de estiagem, enquanto a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Minas Gerais e Pará. A seca ficou estável em termos de severidade em 14 unidades da Federação: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Duas unidades da Federação continuaram livres do fenômeno em abril: Ceará e Paraná.

Na comparação entre abril e maio, nove estados reduziram a área com seca: Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Em outros sete estados houve aumento da área com o fenômeno: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em sete unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Tanto no Paraná quanto no Ceará o fenômeno não foi registrado entre março e maio. Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Mato Grosso lidera a área total com seca de maio, seguido por Minas Gerais, Bahia, Amazonas e Pará. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno diminuiu de 3,68 milhões de km² para 3,61 milhões de km², o equivalente a 42% do território brasileiro.