Parceria leva projeto para aumentar renda de catadores

01/04/2024
Com unidades em São Paulo e Bahia, a Estação Preço de Fábrica tem o objetivo de pagar qualquer pessoa que queira vender embalagens pós-consumo

O Grupo O Boticário em parceria com a empresa de logística reversa Green Mining desenvolve o projeto Estação Preço de Fábrica com a inauguração de uma nova unidade em Juiz de Fora (MG) nas instalações da fábrica de reciclagem da Indorama Ventures Soluções Sustentáveis. Com unidades em São Paulo e Bahia, a Estação Preço de Fábrica tem o objetivo de pagar qualquer pessoa que queira vender embalagens pós-consumo. Com a parceria da Indorama Ventures, que recicla no local as embalagens de plástico PET, da empresa Ibema, responsável pela reciclagem do papelão, papel cartão e papel branco, e da Massfix, que realiza o processo de reciclagem do vidro, o objetivo é garantir uma gestão eficiente de resíduos, redução da demanda por novos recursos e geração de renda para catadores, carroceiros e outras pessoas que queiram ter uma renda extra com recicláveis.

Para o Grupo Boticário, a expansão do projeto é mais uma possibilidade de continuar impactando positivamente a vida das pessoas e endereçar seu compromisso com a gestão de resíduos. "Alinhada à agenda ESG do Grupo, a Estação Preço de Fábrica é uma das iniciativas desenvolvidas em prol de contribuir no destino ambientalmente correto para os materiais coletados e no incremento de renda das pessoas. Inaugurar uma unidade em Juiz de Fora possibilita fortalecer ainda mais a relação que temos com Minas, onde também está um dos nossos centros de distribuição", diz Mariana Cavanha, gerente de Sustentabilidade do Grupo Boticário. Para Rodrigo Oliveira, presidente da Green Mining e vice-presidente da Associação Brasileira de Logística Reversa (Abelore), a iniciativa vai além de aplicar o conceito de logística reversa. “Estamos reconhecendo o serviço ambiental dos catadores para a qualidade de vida nas cidades e menor emissão de carbono. Queremos incentivar o descarte consciente de embalagens e pagar o valor que esses materiais valem”.

De acordo com Renata May, Gerente Comercial da Indorama Ventures, o projeto destina esforços na concepção de benefícios de natureza ambiental e social, no momento em que alia o aumento da coleta de materiais recicláveis à criação de valor tangível, demonstrando compromisso inequívoco com a sustentabilidade. “Através desta iniciativa conseguimos endereçar um grande desafio que é o de aumento dos índices de reciclagem do PET no Brasil. Mesmo sendo o plástico mais reciclado do Brasil, queremos maximizar esse índice e acreditamos que com menos intermediários na cadeia de fornecimento e com o pagamento de um preço justo, podemos estabelecer novas fontes de receita para a população e os catadores. Ao proporcionar uma compensação justa e estimular o aumento da adesão dos consumidores à reciclagem do PET, também contribuímos para diminuir a destinação de materiais passíveis de reciclagem para aterros, lixões e demais locais inadequados”. Nos últimos dez anos, a Indorama investiu mais de US$ 1 bilhão na compra de garrafas PET usadas globalmente. “Ao comprar garrafas de PET pós-consumo para fabricar novas garrafas, valorizamos materiais que seriam desperdiçados. Isso injeta dinheiro na cadeia de valor da coleta de resíduos, apoia pessoas e o nosso planeta. Desde que o projeto Estação Preço de Fábrica foi lançado, em novembro de 2021, mais de 2.300 toneladas de resíduos foram recolhidos e encaminhados para a reciclagem”, comentou Colm Jordan, Head Global de Advocacy e Educação da Indorama Ventures. “Os valores que pagamos pelos resíduos são compatíveis aos pagos pelas usinas de reciclagem. Ao eliminar a intermediação, acreditamos que conseguiremos fazer o vidro e outros materiais serem cada vez mais desviados dos aterros para, realmente, evoluirmos nos números da reciclagem do país. O que era lixo se tornou a principal fonte de renda de muitas pessoas", afirma Rodrigo Oliveira.