GÁS NATURAL

Organizações se unem contra o Fracking

04/11/2015

A organização 350 org Brasil, em parceria com a COESUS, está intensificando a campanha contra o fraturamento hidráulico (fracking) na América Latina. Nesta semana, Nicole Figueiredo, diretora da 350 org Brasil, e Juliano Bueno de Araújo, fundador do COESUS, realizam em Buenos Aires e na província de Neuquén uma vasta programação de visitas e reuniões para troca de experiências a respeito dos impactos causados pelo Fracking, principalmente nas comunidades Mapuches e regiões de fruticultura.

De acordo com as entidades, o governo brasileiro já leiloou, em 2013, blocos para exploração de gás de xisto em Toledo (PR), que lidera o PIB agropecuário do Paraná, com grande performance na produção de suínos, aves e grãos. Eles também lembram que na região Sudeste está o aqüífero Guarani e a Serra Geral, duas reservas naturais que abastece

O governo brasileiro leiloou em 2013 blocos para exploração de gás de xisto  em Toledo, 1º PIB agropecuário do Estado, com grande performance na produção de suínos, aves e de grãos. Na região Sudoeste está o aquífero Guarani e o Serra Geral, principais reservas naturais que abastecem mais de 4 milhões de paranaenses.
 A missão paranaense, integrada por quatro deputados, visitará as províncias de Neuquén e Rio Negro, onde já ocorre exploração e produção de gás natural pelo método Fracking.

Amazônia

Outra ação realizada pela 350.org Brasil e COESUS aconteceu recentemente na Amazônia, levando informação sobre os perigos do fracking às populações a serem atingidas na região Norte do Brasil. Integrantes da campanha Não Fracking Brasil e parceiros participaram da Conferência Nacional sobre os Povos Indígenas na cidade de Atalaia do Norte, localizada no extremo Oeste do Amazônia, no Vale do Javari. Acre, Rondônia e Amazonas representa uma ameaça a todos os habitantes da região Norte do país.  

 O que é fracking
 
Fracking é um método altamente poluente para extrair do subsolo o gás da rocha de xisto através de milhões de litros de água introduzidos sob alta pressão com areia e um coquetel de substâncias químicas tidas como tóxicas e cancerígenas para ‘fraturar’ a rocha e liberar o gás.
 Além do risco de “contaminação da água na superfície, tornar o solo infértil e poluir o ar, fracking também pode afetar o lençol freático e aquíferos e a saúde das pessoas e animais”. Já relacionado a terremotos, a técnica libera o gás metano que contribui para as mudanças climáticas por ter 86 vezes mais potencial como gás de efeito estufa que o CO².
 
Para a diretora da 350.org Brasil, Nicole Figueiredo de Oliveira, “estamos consolidando na América Latina o movimento climático que irá reunir as frentes contrárias à indústria fracking. Essa mobilização se fará presente em Paris, na COP21 , onde estaremos mostrando ao mundo que estamos organizados e vamos impedir o avanço da indústria do hidrocarboneto”.