SÃO PAULO

Mil novas mudas de árvores na Marginal

26/04/2016

A Tata Consultancy Services (TCS) iniciou o plantio de 1.000 mudas de setenta espécies diferentes de árvores da Mata Atlântica no canteiro da Ponte Cidade Jardim, na Marginal Pinheiros, um dos locais mais poluídos da capital paulista, com o objetivo de restaurar a fauna e a flora do local.

Foi realizada a arqueologia botânica da região através de pesquisas históricas e de campo para descobrir e trazer de volta a vegetação que cobria determinado local antes de o mesmo virar cidade, oferecendo uma série de benefícios para toda a sociedade. Entre os benefícios do plantio estão a biodiversidade da vegetação; espalhar sementes para outros locais, por meio de pássaros e vento, incluindo espécies ameaçadas de extinção na cidade; melhoria da qualidade de vida do entorno; minimizar a poluição sonora; reduzir a temperatura da região, funcionando como um grande ar condicionado natural; ajuda a segurar até 70% da água da chuva, alimentando as nascentes e evitando enchentes, além de atrair inúmeros pássaros diferentes, como o Tucano de Bico Verde - uma espécie simbólica da Mata Atlântica e que desapareceu de São Paulo.

A área de plantio engloba 1.000 m² de terreno, com bastante movimentação de pedestres, mas o fluxo maior é de veículos no entorno do canteiro. “Essa região é altamente poluída e a maioria das árvores que hoje faz parte da paisagem é importada. O projeto prevê o plantio de mudas nativas e que já existiram na Marginal Pinheiros, com o objetivo de restaurar a fauna e a flora do local”, explica Tushar Parikh, Country Head da TCS Brasil.As mudas têm aproximadamente 1,5 metro de altura, mas já farão diferença na paisagem”, acrescenta Tushar. Hoje, o local só tem grama. A ideia é que no máximo em dois anos as árvores já alcancem seis metros de altura.

A medida conhecida como “floresta de bolso” é uma solução ambiental muito eficiente para a realidade brasileira, já que envolve um sistema de plantio que reproduz a dinâmica natural da Mata Atlântica com uma grande diversidade de espécies e densidade, fazendo com que a floresta cresça muito rápido, esclarece Ricardo Cardim, botânico responsável pelo projeto e conhecido como ‘Dr. Árvore’.