COLETORES SOLARES

Método auxilia na produção de mudas mais saudáveis

11/02/2016

O Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo vem utilizando, há algum tempo, a luz e o calor do sol para a produção de mudas saudáveis. A iniciativa dispensa o uso de produtos químicos e preserva o solo e os recursos hídricos. De acordo com Silvana Catarina Sales Bueno, assistente de planejamento do Núcleo, o gasto com os coletores solares é o mesmo do sistema convencional, mas, o benefício se dá no ganho ambiental e ecológico.

Os coletores substituem o tratamento com brometo de metila, tóxico à natureza e já fora de mercado, por caixas com fundo de metal que armazenam o calor do sol. O substrato é colocado nestes recipientes que medem, em média, 1,10m por 1,10m e fica nos coletores por um dia, de uma manhã à outra, para receber a alta temperatura.

O calor máximo das caixas deve ser de 70ºC, justamente porque o uso do coletor permite a sobrevivência de microrganismos termotolerantes, que são benéficos e impedem a reinfestação pelo patógeno, sendo que uma temperatura mais elevada é capaz de matá-los. Isso não ocorre nos tratamentos com brometo de metila e autoclaves que esterilizam o solo, criando um vácuo biológico.

Comparado com outros sistemas tradicionais de desinfestação como autoclaves, fornos à lenha ou aplicação de brometo de metila, o coletor apresenta diversas vantagens: não consome energia elétrica ou lenha, é de fácil construção e manutenção, não apresenta riscos para o operador e tem baixo custo. De acordo com Silvana, qualquer marceneiro pode fabricar as caixas, tornando a tecnologia muito mais acessível a todos.