SÃO PAULO

IAC instala 17 estações meteorológicas

16/07/2015
No final de junho a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, instalou 17 estações meteorológicas no interior do estado. As estações instaladas nos municípios de Analândia, Artur Nogueira, Capivari, Cosmópolis, Holambra, Ipeúna, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Morungaba, Paulínia, Pedreira, Socorro, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Valinhos e Vinhedo medem a temperatura, umidade relativa do ar e precipitação. 
 
A expectativa do IAC é instalar outras 39 estações até o final de 2015. Atualmente, o instituto tem 161 estações meteorológicas automáticas distribuídas pelo estado de São Paulo. “Nenhum outro Estado brasileiro tem um acervo tão extenso como o nosso. Na América Latina, não há outro País com base de dados semelhante”, afirma Orivaldo Brunini, pesquisador do Instituto Agronômico. Brunini ressalta o apoio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), dos Polos Regionais da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag). 
 
A base de dados a qual se refere Brunini existe desde 1890 e a partir dessas informações é possível indicar orientações agrometeorológicas aos agricultores e embasar o zoneamento agrícola, exigido para empréstimos e seguros rurais. Nas cidades, os dados apoiam ações de prevenção e de segurança das unidades da Defesa Civil, nos períodos de seca e de enchente. 
 
As informações do banco de dados do IAC são utilizadas para orientar as etapas do processo de produção e indicar adequadamente variedades adaptadas às condições climáticas da região onde se pretende cultivá-las. A ferramenta agrometeorológica contribui para o uso racional dos insumos e sua aplicação no melhor momento, evitando coincidências com períodos chuvosos. Esse pacote tecnológico reduz impacto ambiental e desperdício de produtos. “O maior desafio mundial é a questão do aumento de temperatura e a escassez de água. Um banco de dados como o do IAC é vital para o desenvolvimento de novas pesquisas agrícolas, na geração de variedades resistentes ao estresse hídrico, por exemplo”, explica.
 
As informações climáticas do IAC podem ser acessadas por qualquer computador ou celular conectado à Internet, por meio do site http://www.ciiagro.sp.gov.br/, do Centro Integrado de Informações Agrometereológicas (Ciiagro), do IAC. O Centro recebe quatro mil acessos diários. O endereço www.ciiagro.org.br/ema disponibiliza informações climáticas diariamente. As Casas de Agricultura podem ter acesso as informações no site www.cati.sp.gov.br/rededataclima. Os dois endereços somam outras 100 mil consultas mensais. “Somos referência para outros Estados brasileiros e também para países como Angola, Moçambique e até mesmo Estados Unidos, que implantam sistemas meteorológicos inspirados no nosso”, explica Brunini. As informações do IAC são bastante utilizadas por outras instituições de pesquisa e ensino brasileiras e compõem os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O Ciiagro faz parte da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e da Comissão de Meteorologia Agrícola.
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