ITAIPU

Cultivando Água Boa ganha novo prêmio

08/07/2015
A Itaipu Binacional obteve o primeiro lugar no ranking das melhores práticas socioambientais no Prêmio Benchmarking 2015, com o programa Mais Peixes em Nossas Águas, uma das iniciativas do Cultivando Água Boa (CAB). A empresa concorreu com empresas como Petrobras, Ambev, Sabesp e Cargill. A banca de especialistas que analisa os cases não teve acesso ao nome das empresas. Apenas os projetos é que foram considerados.
 
A gerente da Divisão de Reservatório (MARR.CD), Carla Canzi, e o engenheiro de aquicultura Celso Buglione Neto (também da MARR.CD), um dos responsáveis pela assistência técnica aos pescadores atendidos pelo programa, receberam o prêmio em São Paulo, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Para Carla, a premiação reconhece e valoriza um projeto que contempla os três pilares da sustentabilidade: o social (pelo foco na inclusão de segmentos vulneráveis), o econômico (pela implementação de uma atividade produtiva e geradora de renda) e o ambiental (pelo estímulo à conservação dos estoques pesqueiros e pelos cuidados ambientais da atividade). 
 
O diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, comemorou a conquista, lembrando que o país vive um momento histórico de valorização da produção pesqueira. “Pela quantidade de águas que o país possui, proporcionalmente, somos um dos países que menos produz peixes. Mas o Brasil está despertando para mais essa forma de produção de proteína e estão sendo criadas políticas públicas específicas”, disse Friedrich. 
 
O “Mais Peixes em Nossas Águas”, da Itaipu, beneficia famílias de pescadores artesanais, que passam a atuar como criadores de peixes, com uma renda mais estável, sem depender da pesca extrativa. O programa contribui também com a redução da pesca e a preservar a biodiversidade no reservatório da Itaipu.
 
Um dos principais peixes criados em tanques-rede do programa é o pacu. Atualmente, o programa beneficia cerca de 850 pescadores associados (são 10 entidades de classe, sendo seis colônias e quatro associações profissionais) e 153 famílias de indígenas. Ao todo, o programa conta com 811 tanques-rede espalhados por 63 pontos-de-pesca licenciados junto aos órgãos ambientais. A produção anual é de 140 toneladas de pescado, o que significa 10% da produção atual do reservatório, com geração de renda declarada de R$ 750,00 por tanque-rede/ano. 
 
A expectativa é que a produção alcance 4.600 toneladas de peixes/ano, dentro das áreas já estabelecidas pelo zoneamento ambiental e que equivalem a menos de 0,01% da lâmina d’água do reservatório. Estevão Martins de Souza, presidente da Associação dos Pescadores e Piscicultores de Foz do Iguaçu, conta que, graças ao programa, deixou de ser apenas um pescador e se tornou aquicultor. “É um projeto que nos ajuda e nos leva a aprender, nos ensina uma nova forma de pensar. Somos gratos de fazer parte de tudo isso”, falou Estevão.
 
O programa Cultivando Água Boa e suas ações já se destacaram em diversas edições do Benchmarking Ambiental Brasileiro: em 2014, o programa Coleta Solidária ficou entre as 20 melhores práticas socioambientais brasileiras; em 2013, o programa Sustentabilidade de Comunidades Indígenas ficou em segundo; em 2012, o CAB ficou em primeiro lugar no ranking Benchmarking da década, comemorando 10 anos do prêmio; em 2011, o programa Desenvolvimento Rural Sustentável ficou em primeiro lugar, posição que também foi conquistada pelo CAB em 2007.