UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Brasil tem áreas reconhecidas como Ramsar

09/11/2017
Unidades de Conservação que abrangem os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul receberam reconhecimento como Sítios Ramsar- são o principal instrumento adotado pela Convenção sobre Áreas Úmidas de Importância Internacional (Convenção Ramsar). 
 
As UCs brasileiras contempladas são a Área de Proteção Ambiental (APA) Cananéia-Iguape-Peruíbe, em São Paulo; parte da APA de Guaratuba, no Paraná; e o Parque Nacional de Ilha Grande, também no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
 
A Convenção Ramsar é um tratado intergovernamental criado inicialmente com o objetivo de proteger, mas que, com o tempo, expandiu sua preocupação com as demais áreas úmidas de modo a promover sua conservação e uso sustentável, bem como o bem-estar das populações humanas que delas dependem. 
 
“Estima-se que as áreas úmidas representam cerca de 20% do território brasileiro e englobam ecossistemas tanto marinho e costeiros, quanto continentais, abrigando uma grande variedade de ambientes e espécies. Parte dessas áreas são reconhecidas como Sítio Ramsar, o que significa uma vitória para essas unidades, aumentando a visibilidade das mesmas e dando acesso ainda a benefícios financeiros para conservação e uso racional. Além disso, esse reconhecimento deve priorizar também a implementação de políticas governamentais e investimentos com fontes nacionais e internacionais”, avalia a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes.
 
Para preservar áreas úmidas brasileiras a Fundação O Boticário lançou, em 2017, edital de apoio a projetos do segundo semestre, realizado pela Fundação, teve como foco iniciativas que contribuíssem para a conservação das áreas úmidas, mais especificamente o bioma Pantanal - considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta - e todos os Sítios Ramsar nacionais.
 
Somente nas três áreas designadas como novos Sítios Ramsar, a Fundação já apoiou 33 projetos desde 1991 (18 na APA de Guaratuba, 11 na APA Cananéia-Iguape-Peruíbe e quatro no Parque Nacional de Ilha Grande), em parceria com outras instituições. Os trabalhos foram focados em diferentes ecossistemas e espécies de flora e fauna, como por exemplo, onças, papagaios, morcegos, cavalos-marinhos, botos, micos, entre outros. O reconhecimento favorece o projeto “Monitoramento de Manguezais - guardiões das zonas costeiras”, em desenvolvimento na APA Cananéia-Iguape-Peruíbe pelo Instituto BiomaBrasil, pois abre margem para obtenção de recursos técnicos e financeiros em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável da região.