ABSOLAR adere à iniciativa H4D do banco Mundial

25/06/2023
A associação passa a ser a primeira entidade brasileira do setor privado a integrar o grupo

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aderiu à iniciativa internacional Hydrogen for Development Partnership (H4D), lançada na COP 27 e liderada pelo Banco Mundial. Com isso, a associação passa a ser a primeira entidade brasileira do setor privado a integrar o grupo, do qual também participam a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). 

O grupo H4D é uma nova iniciativa para fomentar financiamentos significativos para investimentos em hidrogênio produzido por fontes renováveis, tanto na esfera pública quanto no setor privado. Ao reunir as partes interessadas no desenvolvimento do hidrogênio sustentável, o grupo atuará na promoção e desenvolvimento de capacidades e soluções regulatórias, modelos de negócios e tecnologias para a consolidação do hidrogênio de baixo carbono e países em possui várias instituições industriais, acadêmicas e de pesquisa, que promoverão reuniões semestralmente para debates, análises e proposituras junto aos setores público e privado, além de trocar informações sobre as atividades dos parceiros e estabelecer acordos organizacionais para a entrega de tarefas. “A parceria, inédita para uma entidade de classe no Brasil, é mais uma iniciativa da ABSOLAR para contribuir com o desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio verde (H2V), tanto para exportação de seus derivados quanto para consumo doméstico”, comenta Eduardo Tobias, coordenador da Força-Tarefa de Hidrogênio Verde da ABSOLAR e um dos articuladores da parceria da entidade com o Banco Mundial. 

Para Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, o H2V tem o potencial para se tornar estratégico na transição energética e descarbonização dos setores produtivos, de diversos segmentos. “Além de sustentável, pode ser utilizado em diversas aplicações, reduzindo drasticamente as emissões de gases de efeito estufa de setores de difícil descarbonização, tais como: fertilizantes nitrogenados, mineração, siderurgia, produção de metanol, de aço, transporte aéreo, marítimo e terrestre de veículos pesados, entre outros”, explica Sauaia. O Brasil é capaz de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo em razão da sua matriz energética eminentemente de fontes renováveis, o que coloca o País na perspectiva de se tornar o maior fornecedor global do combustível para os mercados europeus e outros. Além disso, o mercado brasileiro com a adesão ao programa tem expectativa atrair novas fábricas, mais capital estrangeiro, novas oportunidades de negócios e novas tecnologias.