Casca de arroz abastece usina em SC

10/01/2022
A usina conseguiu transformar mais de 31 mil toneladas da casca do grão em energia elétrica, gerando 6.720Mw/h.

A usina termelétrica da Fumacense Alimentos gerou a própria energia da unidade matriz da indústria cerealista, localizada em Morro da Fumaça (SC) em 2021. A empresa observou que um número expressivo de casca de arroz deixou de ser descartado no meio ambiente e foi reutilizado para o funcionamento do equipamento e, consequentemente, da empresa. A usina conseguiu transformar mais de 31 mil toneladas da casca do grão em energia elétrica, gerando 6.720Mw/h, superando os números de 2020. 

Para o coordenador da Central Termelétrica da Fumacense Alimentos, Lucas Tezza, o montante de casca de arroz reaproveitado seria suficiente para abastecer mais de cinco mil residências de até três pessoas durante um ano. "A empresa sempre possuiu esse viés sustentável, que tem se fortalecido e ampliado ao longo dos últimos anos. E além de reaproveitar a casca de arroz, as cinzas geradas no processo de queima da nossa usina termelétrica também são encaminhadas para empresas ceramistas, siderúrgica e cimenteiras de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, que reutilizam o resíduo em seus processos produtivos", ressalta Tezza.

Foram queimadas 6.130 toneladas de casca de arroz em 2021, das quais 3.700 toneladas viraram matéria-prima para a composição e fabricação de tijolos. A iniciativa, originada de um projeto piloto no Sul catarinense, uniu as indústrias de arroz e cerâmica e tem registrado resultados muito positivos para ambos os setores, bem como contribuído diretamente com a redução de impactos no meio ambiente. "Essa parceria acontece há quase dois anos e foi iniciada por um objetivo que a Fumacense Alimentos possuía, de reutilizar também as cinzas que ficavam como resíduo, para evitar ao máximo o descarte desses materiais. Essa cinza apresenta uma grande quantidade de sílica, que contribui consideravelmente no resultado do produto. Juntamente com a argila, 15% do resíduo é utilizado na mistura, deixando os tijolos mais leves e com a mesma resistência", conta o coordenador da Central Termelétrica.